Amarelo o quintal das laranjeiras fecundas.
Depois da geada é que se deve colher a mexirica,
o azedo em mel transfigurado.
Incautos os afoitos,
para escaparem ao ridículo
colhida a fruta verde
lhe calam o azedo a sal
e a tragam entre espasmos.
É bonito o inverno, também.
Enquanto os jovens praguejam contra o encontro baldado pela chuva,
nós, velhos melancólicos, nos damos à lembranças
e pintamos na tela cinza
as cores da primavera a vir.
Ulisses em Ítaca
ResponderExcluirAs tripas cheias de renite amaldiçoam o inverno renitente.
ResponderExcluirCreio eu que é a primeira vez que venho a este blog. O que mais me agrada nas poesias, além das rimas, claro, é o vocabulário rico de quem escreve. Isso é uma coisa que eu valorizo muito!
ResponderExcluirgosto das rimas mas não de escrevê-las, acredito que prendem a alma do que quero dizer como se minhas palavras usassem fardas militares impecáveis. Diferente da do fardadão.
ResponderExcluirGosto de imagens, de algo que te leve a ver com meus olhos.
Agradeço pelos coments