quinta-feira, 7 de julho de 2011

Murro

Uma vez tentei escrever uma música. O refrão era "golpe de direita", sem nenhuma conotação política, descrevia um murro.
Mas pôrra, nessa sociedade de bunda-moles pregadores da paz isso é antiético. Foda-se.
A vontade que tenho de fechar o punho como uma bigorna e derrubá-lo na cara de alguém é gritante.
As vezes estou conversando amistosamente com alguém enquanto vejo-me como um lenhador derrubando uma árvore, onomatopéicamente Páu! Vushhhhhh brummmmmm. AHHHHAHAHAHAHA.
Que gostoso! Os metacarpos em velocidade atingindo um maxilar desavisado, ou não. O estalar da cara oposta. Como um deslocamento de ar pode ser tão impressionantemente palatável? Sente o gosto alcalino na boca? Ou serei só eu? Olha a cara deformada pelo impacto, cômico, gostaria de assistir em super slow. E o tombo? As mãos postas a frente do corpo cadente! O quicar do corpo ao bater no chão.Ópera!
Mas tudo sem maldade nenhuma e sem intenção de luta pelo lugar de macho alfa, desgastante demais esse papel para vagabundos como eu.
É assim um golpe e um oferecer de mão prontas a levantar o caído e dividir uma cerveja, rindo.
E um estar pronto a ser golpeado também, já levei alguns murros e aprendi que quando você o vê vindo, o melhor é morder forte o maxilar e preparar-se para o impacto esperando não ficar tonto o suficiente para perder o foco.

Um comentário:

  1. Ou então talvez t falte... briga? Sei lá, vc quer é apanhar de algum carrasco vestido numa cueca de couro...

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